Quando se tira a variável preço, igualando os jornais impressos ao acesso livre de noticiário na internet, a preferência pela leitura recai no formato papel. E isso vale até mesmo para as faixas etárias mais jovens. Seria como se, em uma situação hipotética, numa sala de espera houvesse disponível jornais e uma tela de computador com noticiário. Cerca de 60% das pessoas entre 16 e 29 anos escolheriam se informar pelo jornal. Já no caso dos que têm entre 50 e 64 anos, esse índice pularia para 73% do universo pesquisado.
O estudo feito pela consultoria PricewaterhouseCoopers em parceria com a Associação Mundial de Jornais indica que os jornais impressos têm futuro a longo prazo. "A pesquisa é positiva especialmente no momento em que tanto se fala da forte retração de vendas e queda de receita publicitária no mercado americano e, por tabela, do enfraquecimento do negócio dos jornais", avalia Ricardo Pedreira, diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Realizada em sete países com população de alto poder aquisitivo e consumidores de jornais em escala, o levantamento entrevistou 4.900 pessoas.
Os entrevistados foram leitores, editores, anunciantes e também profissionais de comunicação dos EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Holanda e Suíça. "Sabemos que o modelo de negócio vai mudar. Não há fórmula sugerida no trabalho encomendado pela WAN, mas há uma luz ao indicar o valor que se dá ao meio jornal e depois, como já percebem algumas empresas, prevê-se que o modelo de negócio rentável vai combinar jornais impressos , que não desaparecerão, com versões online." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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