07/02/2010

O RIO SÃO FRANCISCO PEDE AJUDA,VAMOS REVITALIZAR O VELHO CHICO .


O rio São Francisco tem 2,7 mil quilômetros de extensão e corta cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Desde sua nascente em São Roque de Minas (MG), em local conhecido como “Chapadão do Zagaia”, até sua foz no Oceano Atlântico, na divisa entre Sergipe e Alagoas, são mais de 500 municípios banhados pela bacia, onde vivem 14 milhões de habitantes, população maior que a de países como Cuba, Suécia, Chile, Grécia e Paraguai. O Velho Chico foi descoberto por Américo Vespúcio. Em suas margens pernambucanas formou o primeiro povoamento que usaria suas águas como fonte de vida. O rio São Francisco caminha para o mar, irriga a terra árida e realiza um verdadeiro milagre de São Francisco: dá vida ao sertão. Alguns olhos-d'água escondidos pela vegetação baixa e ressecada do Chapadão da Zagaia, Serra da Canastra, Minas Gerais, geram um dos maiores rios do Brasil, cerca de 640 mil quilômetros quadrados, que ocupa 8% do território brasileiro, o rio da unidade nacional, o Velho Chico. Mais que um rio, o Velho Chico é um fato cultural, como o Velho Nilo, seu irmão africano - a medida é outra, mas o sentido é o mesmo.
Nascente - O rio São Francisco nasce num brejo da Serra da Canastra, a cerca de mil metros de altura, logo ao deixar a serra despenca 200 metros na cachoeira Casca d'Anta, desce em degraus e, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), flui suavemente, permitindo que barcos de todos os tamanhos naveguem suas águas. Era esse o trecho percorrido até pouco tempo pelas famosas gaiolas. Hoje, o Parque Nacional da Serra da Canastra preserva a nascente do grande rio, guarda vales de excepcional beleza, florestas nativas, campos e, para arrematar, tamanduás, tatus-canastra e lontras, ao vivo, em cores e sem grades.

Foz - Após despencar 80 metros na cachoeira de Paulo Afonso, o rio São Francisco corre manso mais 310 quilômetros e por fim encontra o mar. É o maior rio inteiramente brasileiro. O Velho Chico deságua numa costa lisa, entre coqueirais e manguezais, dunas e praias douradas.

Hoje, o estado de degradação em que o rio se encontra é um retrato de como o país vem administrando seus recursos naturais. Dentre os principais agentes poluidores do São Francisco destacam-se as ações desordenadas de mineradoras, a erosão do solo, o uso indiscriminado de agrotóxicos. Mas o grande vilão é a região metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, que polui seu maior afluente, o Rio das Velhas. O rio São Francisco é vítima do desmatamento e queimadas desde a sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, da poluição na forma de agrotóxicos, esgotos domésticos e industriais, além do desvio de água cada vez maior para projetos de irrigação mal elaborados, o Velho Chico a cada ano tem diminuído perigosamente o seu volume de água e a navegação já não se faz em determinados trechos e em determinadas épocas. O rio é vítima do desprezo e da irresponsabilidade de sucessivos governantes, seja a nível federal ou estadual, insensíveis e incapazes da adoção de medidas para impedir a sua morte lenta. As derrubadas e queimadas de árvores, seja na nascente ou ao longo do seu percurso, estão cada vez maiores. As cidades ribeirinhas (mais de 150) não têm sistema de tratamento de esgoto e as indústrias idem, despejando toda sujeira no seu leito. Agricultores, uns sem escrúpulos, outros por falta de orientação, usam e abusam de agrotóxicos em plantações nas margens do rio e esse veneno também é conduzido para o Velho Chico.O desmatamento, além de contribuir para secas constantes nas nascentes do São Francisco e de seus afluentes, provoca a queda de barrancas e, conseqüentemente, o assoreamento do rio (acúmulo de terra no leito). O resultado disso é o perigo e dificuldade de navegação, pois muitas ilhas já estão formadas em seu percurso.

A revitalização é ponto essencial para o Velho Chico e condição para que muitos estados do Norte e Nordeste aceitem a transposição. O rio vive em estado de degradação profunda, perdendo volume de água a cada ano e, com isso, ameaçando a geração de energia. Na Bahia, o Lago do Sobradinho, que abastece as usinas do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, operado pela Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), e que responde pela geração de energia para todo o Nordeste, é um exemplo da fadiga do São Francisco. Ele está com menos de 25% de seu volume útil - suficiente para geração de energia, abastecimento e irrigação -, quando nessa época do ano deveria ter no mínimo 50% de água acumulada. Até o início de novembro, Sobradinho deverá atingir o volume histórico de 3% de volume útil, um percentual próximo do colapso.


FONTE : GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS E http://www.fundaj.gov.br
FOTO DO PREMIADISSÍMO FOTOGRÁFO XIQUE-XIQUENSE JOÃO MACHADO (LITTLE JHON) .
BREVE SEU SITE :  joaomachadofotografo.com.br ,breve matéria sobre a sua carreira aqui no Blog .

3 comentários:

  1. O Lula ainda faz essa transposição pra matar mais ainda o Velho Chico e ninguém faz nada .

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  2. FERNANDO , JUAZEIRO .09/02/2010, 19:15

    O RIO SÃO FRANCISCO SOFRE COM A SUA DEGRADAÇÃO !!! TEMOS QUE SALVAR O VELHO CHICO .

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  3. Marcos de D.Maria .10/02/2010, 16:02

    Se continuar do jeito que está sendo assassinado o Velho Chico não viverá por mais de 60 anos .

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