A
transposição do Eixo Sul do Rio São Francisco começa a ser analisada a
partir de março, quando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf) contratará estudo de viabilidade
técnica e econômica da obra. A informação foi anunciada nesta
quinta-feira (28) pelo secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa,
durante a quarta reunião itinerante do Comitê Estadual para Ações de
Convivência com a Seca, realizada em Juazeiro (BA). Participaram do encontro os 16 prefeitos dos territórios Sertão do São Francisco e Itaparica. De
acordo com o secretário Rui Costa, que coordena o Comitê, a
transposição do Eixo Sul foi solicitada pelo governador Jaques Wagner à
presidente Dilma Rousseff, que autorizou a realização do projeto.
“Estamos tratando a transposição com total prioridade. Ela será a
redenção produtiva dessa região”, disse Costa. A obra contará com
investimentos de cerca de R$ 4 bilhões, construindo um canal que levará a
água do São Francisco para a Barragem de São José, no município de São
José do Jacuípe, centro-norte baiano. A extensão estimada é de 400
quilômetros .
Biofábrica: O Comitê anunciou,
ainda, a construção de biofábrica, em Juazeiro, para a produção de mudas
de palma, que garantirão, em períodos de seca, reserva alimentar para
os rebanhos. Segundo o secretário estadual de Agricultura, Eduardo
Salles, este anúncio responde à demanda da região, que possui o maior
rebanho de caprinos do Brasil e o segundo maior de ovinos. “Através
de uma tecnologia de ponta, teremos a produção de mudas de altíssima
qualidade e resistentes a uma praga comum, chamada cochonilha do carmim.
O compromisso deste governo é que, em médio prazo, grande parte dos
agricultores familiares possua uma pequena área de palma adensada em
suas propriedades”, disse Salles. As mudas serão distribuídas entre
secretarias municipais de Agricultura, associações e cooperativas da
região.
Cisterna: Entre os anos de 2007 a
2012, foram entregues 17.873 cisternas de consumo, somados os
territórios de identidade Itaparica e Sertão do São Francisco. A meta do
Governo da Bahia é que todas as residências da zona rural do semiárido,
que não estão ligadas a adutoras e a sistemas de abastecimento de água,
tenham uma cisterna. “Contamos com a capilaridade das prefeituras para
atingirmos a meta, contribuindo na seleção dos beneficiários. Com uma
busca ativa das famílias enquadradas nesse quesito, rapidamente
conseguiremos executar a ação”, afirmou Costa. As cisternas são
implantadas por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à
Pobreza (Sedes) e Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car). O
coordenador do Comitê Estadual finalizou o encontro ressaltando a
importância da articulação entre o governo federal, estadual e as
prefeituras. “Juntos, podemos fazer mais, com melhor qualidade e com
rápida execução”.
FOTO: ALBERTO COUTINHO / GOV.BA .
FONTE: ASCOM BA .