16/01/2010
O HAITI JA ENTERROU 50 MIL CORPOS ESSE NUMERO PODE CHEGAR A 200 MIL.
O Haiti já enterrou quase 50 mil corpos e até 200 mil pessoas podem ter morrido no terremoto desta semana, que arrasou a nação mais pobre das Américas, disse disse nesta sexta-feira à Reuters o ministro do Interior, Paul Antoine Bien-Aime. "Nós já recolhemos cerca de 50.000 corpos e achamos que haverá entre 100.000 e 200.000 mortos no total, embora nunca saibamos o número exato", disse. Em estado de calamidade, o país teme o aumento da violência. Em declarações à agência Reuters, nesta sexta-feira (15), o secretário de Estado para Segurança Pública haitiano, Aramick Louis, disse que grupos armados já estão tomando as ruas de Porto Príncipe.
De volta ao Brasil, o ministro Nelson Jobim (Defesa) expressou nesta madrugada preocupação com a deterioração da situação de segurança no Haiti, ao passo que a fome faz com que a população entre em confronto em busca de comida. "No momento em que começarem a sentir sede e fome e não conseguirem resolver o problema de habitação, poderá haver alguns distúrbios. Por isso estamos preocupados também com o tema de segurança", disse o ministro a jornalistas ao chegar a Brasília, vindo de Porto Príncipe. Jobim disse ainda que a missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, liderada pelo Brasil, deve trocar seu foco da manutenção da ordem e da paz para se concentrar na recuperação do país caribenho. Ele defendeu que o mandato da Minustah (Missão da ONU para a Estabilização do Haiti), em exercício desde 2004, seja alterado para que novos recursos sejam destinados a obras de infraestrutura e para ajuda direta ao povo. O ministro ainda confirmou a morte de 17 militares brasileiros e disse haver quatro ainda considerados desaparecidos.
Os alertas sobre ressurgimento da violência nas ruas de Porto Príncipe contradizem a avaliação da ONU (Organização das Nações Unidas), que considera a situação sob controle. "No geral, as pessoas agem de maneira muito digna e calma. Pode ser que aconteçam alguns saques, mas, até agora, as tropas da Minustah [Missão da ONU para a Estabilização do Haiti], pelo que sabemos, estão conseguindo manter a ordem", afirmou a diretora de comunicação das Nações Unidas, em Genebra, Corinne Momal-Vanian. Os moradores da capital hatiana passaram a terceira noite ao relento, temendo os tremores secundários que ainda são sentidos nos morros da cidade. Calçadas e ruas permanecem cobertas por entulho e cadáveres em decomposição.
No entanto, as equipes de ajuda humanitária estrangeira se multiplicaram nesta sexta-feira. Segundo a agência France Presse, é possível observar equipes de várias nacionalidades percorrendo Porto Príncipe. Boa parte delas, auxiliadas por cães farejadores, tentava encontrar sobreviventes entre os escombros da cidade. A agência também localizou equipes médicas suíças e cubanas dando assistência aos poucos funcionários de dois hospitais de Porto Príncipe, devastados pelo terremoto.
FONTE : YAHOO NOTICÍAS.
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