29/09/2012

BRIGAS NA POLÍTICA: CAMPANHA POLÍTICA DE ALTO NÍVEL NÃO EXISTE NO BRASIL .

No inicio da campanha, na igreja do Bonfim, abraço de tamanduá entre Acm Neto x Pelegrino .

A história está aí para atestar isso e a atual campanha de Salvador, especialmente entre ACM Neto x Nelson Pelegrino é uma realidade do que falamos. Depois, bem...eles se entendem no parlamento e outros sitios e a população fica chupando dedo. Então, campanha de alto nível e "briga" de candidatos só quem acredita é Papai Noel já que estamos nos aproximando do final do ano.  Na Bahia, que me recordo, só teve uma briga política que prosperou até o fim, entre ACM X Waldir Pires. As demais, algumas ainda estão em curso e a gente nunca sabe se seguirão adiante, ou se vão ocorrer composições noutras eleições. Na campanha a prefeito de Salvador nas últimas eleições também foram apalavrados o propósito de uma campanha de alto nível. E o que vimos? O PT (Walter Pinheiro) e o PMDB (João Henrique) que estiveram alinhados no primeiro governo JH até 45 minutos do segundo tempo, se desentenderam e as palavras mais dóceis entre ambos, no segundo turno das eleições de 2008, foi de "traidor"e "vira casaca" . 


Depois, em 2010, foi a vez de Geddel, candidato a governador pelo PMDB espinafrar JH, duplamente "traidor" numa briga "interna-corporis". E nessa campanha, o candidato do PSOL, Marcos Mendes, falou horrores de Wagner e acabou sendo interpelado judicialmente. As campanhas politicas na Bahia, últimos 50 anos, têm um divisor de tempo histórico com um corte provocado pelo golpe militar de 1964. Antes desse spisódio, a última foi entre Waldir Pires x Lomanto Jr, para governador da Bahia, em 1962. E já, desde aquela época, além das tais propostas dos candidatos, o que valia mesmo era o chute na canela. Waldir era taxado de "vermelho" (satanás), "comunista" numa jornada da ALEF (União da Familia) coordenada pelo cardeal da Silva e apoio de A Tarde, com a distribuição de panfletos nas missas e publicações no jornal. Na redemocratização, primenta campanha pós Nova República tancredista, se enfrentaram Waldir Pires x Josaphat Marinho. Nossa! Foi uma barra. Fiz a assessoria de imprensa de Waldir associada ao marketing e tinha locais que éramos recebidos a bala.  Na regiao de Irecê precisamos ficar escondidos num palanque com medo de balas perdias.

Na campanha de 1990, uma das mais violentas, ACM processou Luis Pedro Irujo e a equipe de marketing e só não fomos para o xilindró porque éramos reus pimários e Irujo assumiu toda a responsabilidade (tinha um samba da camisa listrada que chamava ACM de ladrão) e Luis Pedro acabou sendo condenado preliminarmente. Creio que foi o único réu condenado até hoje na Bahia por "calúnia" e ficou sem poder viajar para o exterior durante um tempo. Como troco, o marketing de ACM fez um filmete em que apelidava Luis Pedro de "sorvetão" e retratava-o como débil mental. ACM era aquele que "rouba, mas faz". ACM já faleceu e Luis Pedro deixou a politica. Geraldão (Geraldo Walter), o qual era chefe do marketing de Luis Pedro, tambem já faleceu e fizemos essa campanha juntos. Agora, eis que, estão às turras ACM Neto (Neto do velho ACM) e Nelson Pelegrino (Filho do médico Pelegrino que era amigo de ACM). A vida segue. A população adora essas brigas dos politicos. Mais do que as propostas. Candidato que fica só falando em propostas, dança .  

FONTE: BAHIA JÁ .
FOTO: MAX HAACK .

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Atenção! Não responsabilizamos pelos comentários aqui, o autor responderá por cada um deles.