No inicio da campanha, na igreja do Bonfim, abraço de tamanduá entre Acm Neto x Pelegrino .
A história está aí para atestar isso e a atual campanha de Salvador,
especialmente entre ACM Neto x Nelson Pelegrino é uma realidade do que
falamos. Depois, bem...eles se entendem no parlamento e outros sitios e a
população fica chupando dedo. Então, campanha de alto nível
e "briga" de candidatos só quem acredita é Papai Noel já que estamos
nos aproximando do final do ano. Na Bahia, que me recordo,
só teve uma briga política que prosperou até o fim, entre ACM X Waldir
Pires. As demais, algumas ainda estão em curso e a gente nunca sabe se
seguirão adiante, ou se vão ocorrer composições noutras eleições. Na campanha a prefeito de Salvador nas últimas eleições também
foram apalavrados o propósito de uma campanha de alto nível. E o que
vimos? O PT (Walter Pinheiro) e o PMDB (João Henrique) que estiveram
alinhados no primeiro governo JH até 45 minutos do segundo tempo, se
desentenderam e as palavras mais dóceis entre ambos, no segundo turno
das eleições de 2008, foi de "traidor"e "vira casaca" .
Depois, em 2010, foi a vez de Geddel, candidato a governador pelo PMDB
espinafrar JH, duplamente "traidor" numa briga "interna-corporis". E
nessa campanha, o candidato do PSOL, Marcos Mendes, falou horrores de
Wagner e acabou sendo interpelado judicialmente. As campanhas
politicas na Bahia, últimos 50 anos, têm um divisor de tempo histórico
com um corte provocado pelo golpe militar de 1964. Antes
desse spisódio, a última foi entre Waldir Pires x Lomanto Jr, para
governador da Bahia, em 1962. E já, desde aquela época, além das tais
propostas dos candidatos, o que valia mesmo era o chute na canela. Waldir era taxado de "vermelho" (satanás), "comunista" numa jornada da
ALEF (União da Familia) coordenada pelo cardeal da Silva e apoio de A
Tarde, com a distribuição de panfletos nas missas e publicações no
jornal. Na redemocratização, primenta campanha pós Nova República
tancredista, se enfrentaram Waldir Pires x Josaphat Marinho. Nossa! Foi
uma barra. Fiz a assessoria de imprensa de Waldir associada ao marketing
e tinha locais que éramos recebidos a bala. Na regiao de Irecê
precisamos ficar escondidos num palanque com medo de balas perdias.
Na campanha de 1990, uma das mais violentas, ACM processou Luis Pedro
Irujo e a equipe de marketing e só não fomos para o xilindró porque
éramos reus pimários e Irujo assumiu toda a responsabilidade (tinha um
samba da camisa listrada que chamava ACM de ladrão) e Luis Pedro acabou
sendo condenado preliminarmente. Creio que foi o único réu
condenado até hoje na Bahia por "calúnia" e ficou sem poder viajar para o
exterior durante um tempo. Como troco, o marketing de ACM fez um
filmete em que apelidava Luis Pedro de "sorvetão" e retratava-o como
débil mental. ACM era aquele que "rouba, mas faz". ACM já faleceu e Luis Pedro deixou a politica. Geraldão (Geraldo
Walter), o qual era chefe do marketing de Luis Pedro, tambem já faleceu e
fizemos essa campanha juntos. Agora, eis que, estão às
turras ACM Neto (Neto do velho ACM) e Nelson Pelegrino (Filho do médico
Pelegrino que era amigo de ACM). A vida segue. A população
adora essas brigas dos politicos. Mais do que as propostas. Candidato
que fica só falando em propostas, dança .
FONTE: BAHIA JÁ .
FOTO: MAX HAACK .
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