02/06/2009

Geddel é recebido como líder no interior, mas adota tom realista, diz assessoria.




Faixas saudando o “grande ministro”, cartazes de cartolina escritos à mão, recepção com aglomerado de políticos e populares, carreatas, discursos e aplausos. Esse foi o clima que marcou a visita do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), aos municípios de Xique-Xique, Ibipeba e Jussara, onde foi vistoriar obras, anunciar medidas e conferir a compra de equipamentos cooperativados, segundo relato de sua assessoria.
“No distrito irrigado de Mirorós, em Ibipeba, era grande a expectativa. A região sofre crise de abastecimento decorrente da queda do nível de água da barragem que, além de servir a 2.166 lotes de irrigantes de fruticultura, também atende ao consumo de mais de 350 mil habitantes de 14 municípios e 223 povoados. O representante dos irrigantes José Adelson revelou o ânimo geral no discurso de boas vindas ao ministro.
“Sabemos que a partir de hoje teremos uma nova época que vai nos tirar desse estresse”, disse em frente à sede do distrito, onde, segundo a assessoria do ministro, uma multidão de espectadores enchia o pátio e se comprimia em volta da mesa das autoridades, ornada com um grande arranjo das frutas produzidas em Mirorós: Banana, goiaba, manga, mamão e pinha.
Geddel Vieira Lima retribuiu a confiança usando um tom realista. Depois de anunciar a imediata realização de estudos de batimetria, que vai medir a massa de água da barragem de Mirorós, e a criação de um grupo de técnicos com prazo de um mês para apresentar soluções, o ministro disse que a obra “não pode ser feita num piscar de olhos”. Ele explicou que para se fazer uma adutora, um duto ou uma pequena transposição de águas é preciso projeto executivo, licença ambiental e previsão orçamentária, além de outras obrigações burocráticas.

Pergunta:Nós temos o maior semi-árido do Nordeste e conseqüentemente do país. Já que a transposição não vai nos beneficiar tanto em que saímos ganhando?Geddel - Existem dois caminhos: já estamos beneficiando o Estado da Bahia, na medida em que estamos resgatando o Rio São Francisco e os projetos de irrigação do Baixio de Irecê e do Salitre. Esses dois projetos sozinhos - se considerarmos que na agricultura moderna um hectare de terra proporciona 1,5 emprego indireto –juntos e quando estiverem concluídos vão gerar mais de 200 mil empregos para filhos e filhas, homens e mulheres da Bahia, na região de Juazeiro, Itaguaçu e Xique-Xique.

A poucos meses atrás o ministro e o governador Jaques Wagner assinaram um termo de parceria de R$13 milhões para obras de infraestrutura hídrica nas cidades de Xique-Xique, Paratinga e Carinhanha.

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