Em Xique-Xique tem “Quase Tudo” que uma cidade precisa. Conserva e preserva o antigo. Ao mesmo tempo que constrói a nova cidade que está se desenvolvendo visivelmente. É uma das cidades na qual eu moraria. Fui muito bem recebida. Comi o melhor surubim ensopado da minha vida, oferecido pelo Edson da FUNDIFRAN, fiquei hospedada na casa do Prof. Alfredo, tive conversas muito agradáveis com o agrônomo José Robsom, a artista plástica Aricélia, e ainda fiquei devendo várias vizitas e encontros, fica para quando eu voltar. De Carlinhos vou falar na postagem sobre a APA DA LAGOA DE ITAPARICA.
A cidade sentiu o fim da navegação como todas as outras, mas continua com o porto mais movimentado até aqui. Manteve o comércio bem ativo, e o seu povo educado. A grande feira semanal toma conta de quase toda cidade, recebendo gente dos municípios e povoados vizinhos para comercializar desde gado a calcinhas.
O que mais chamou minha atenção foi a quantidade de pessoas bem informadas, ligadas no que acontece no mundo, politizadas e com iniciativa .
De Xique-Xique saiu uma expedição rio acima, bem antes de Dom Luiz Cáppio, ainda nos anos 70. Agora a cidade vai passar por grandes transformações com o agronegócio, é lá que está sendo construído o Baxio de Irecê, que na verdade é de Xique –Xique. A movimentação de mineradoras também é grande. A cidade inteira esta com hotéis lotados com pessoas de fora que ninguém sabe direito o que estão fazendo ou de onde vem. O que observei é que a quantidade de carros com placa de São José dos Pinhais e Curitiba – PR é quase tão grande quanto da própria cidade .
A BLOGUEIRA LUIZA COMENTA SOBRE A CIDADE DE XIQUE-XIQUE :
"Eu Adorei Xique Xique, primeiro passei três dias lá, pois tinham me dito que não era importante ir a esta cidade, tive que voltar a Barra e fiquei novamente em Xique Xique mais uma semana, e quase fico de vez. Sempre me refiro a cidade como misteriosa, comparo cidades com pessoas, e vi Xique Xique assim: Culta, politizada, misteriosa, na dela . Conheci pessoas especiais lá, e quero voltar em breve" .
LUIZA PFAU LUPFAU,Quem sou eu :
Quem me acompanha há mais tempo já deve ter percebido que o meu perfil vai mudando à medida que vou descendo com as Águas do São Francisco. Meu título era “Luisa no São Francisco”, pois acreditava que poderia navegar; fluir dentro do Rio. Não tenho como; não posso entrar no Rio, tenho que me contentar em ficar a sua margem, espiando, seguindo como uma amante furtiva. Hoje meu olhar é mais sobre o relacionamento que Ele tem com suas cidades. Estou realmente na terceira margem. O que me vai pela alma hoje é como uma obsessão em descobrir o elo perdido entre elas e o Rio. Vejo muralhas construídas para afastá-Lo... Sugadores escondidos roubando Suas águas... Igrejas Lhe dando as costas... Falta amor pelo Rio São Francisco por parte de Suas Cidades. É por isso que me torno mais uma de Suas amantes... Ele já tem muitos a Lhe afagarem e cuidarem das Suas feridas, mas ainda somos tão poucos levando em consideração Sua grande carência. São cheias de dotes e charme as donas do Rio, por isto mesmo que eu não entendo o descaso, o maltrato. Por isto meu Velho Chico... Não lhe abandonarei .
(Texto original do próprio autor) .
FONTE E FOTOS : LUIZA LUPFAU/BLOG VIAGEM NO SÃO FRANCISCO http://viagemnosaofrancisco.blogspot.com/
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Seja bem vinda a nossa terrinha Luiza .
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