São Paulo, 23 out (EFE).- Os candidatos à Presidência do Brasil embarcaram hoje na reta final da campanha eleitoral pedindo votos e evitando uma escalada no confronto político.
Dilma Rousseff pediu "humildade" hoje a seus seguidores, ao mesmo tempo que pediu a confiança e o voto do eleitorado para vencer o segundo turno das eleições, que será realizado o próximo dia 31. A ex-ministra, que é favorita nas pesquisas para vencer seu adversário, o candidato José Serra, participou hoje de vários atos de campanha nos municípios de Carapicuíba e Diadema, ambos no estado de São Paulo. "Nesta eleição vimos gente semeando ódio. Nós não semeamos ódio. Nós queremos paz e amor. Queremos uma campanha que seja como isto daqui, uma festa democrática", acrescentou a candidata .
Além disso, Dilma, acompanhada o tempo todo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desmentiu uma informação publicada hoje na revista "Veja", que a acusa de pressionar o secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, para a elaboração de relatórios sobre membros da oposição. "Nego terminantemente este tipo de conversa na véspera da eleição. Eu gostaria que houvesse, por parte de quem me acusou, uma prova de que alguma vez eu fiz isso. É muito fácil, na última semana de eleições, criar uma acusação contra uma pessoa sem nenhuma prova", declarou .
Lula aproveitou o evento para baixar o tom da campanha, que nos últimos dias tinha sido marcada por ataques. "Se nós formos provocados, não temos que aceitar a provocação porque a surra que temos que dar é nas urnas. Não queremos agredi-los nem com palavras, nem com gestos", disse o presidente. Com este discurso, o Lula tentava acalmar os ânimos de seus militantes, depois que, na quarta-feira passada, Serra foi atingido por um objeto durante um confronto entre partidários do PT e do PSDB. Já o candidato da oposição também participou hoje de atos eleitorais em São Paulo, onde fez um apelo aos eleitores para que não deixem de comparecer às urnas. "Peço aos brasileiros que não deixem de votar no próximo domingo. Ainda temos oportunidade de mudar esse jogo. Percam um dia de festa, mas ganhem um ano feliz", disse o ex-governador paulista, que acusou o PT de tratar "os opositores como inimigos a serem destruídos".
O candidato também falou sobre as denúncias contra Dilma veiculadas pela imprensa, afirmando que o modelo da candidata "está se esgotando" e que "dois ou três escândalos aparecem por dia". O programa de Serra na televisão se focou hoje em propostas para a população portadora de deficiência e assegurou que, caso seja eleito, criará um Ministério que se ocupe deste segmento da sociedade. A oito dias da votação, a campanha entrou em sua fase mais decisiva com intermináveis trocas de acusações entre os candidatos. Durante um comício eleitoral realizado ontem à noite em Uberlândia, em Minas Gerais, Dilma reiterou que está sendo vítima de uma campanha de calúnias. "Quero advertir que de hoje até o dia das eleições vão tentar criar mentiras, falsidades e calúnias contra minha candidatura", assegurou a petista. As últimas pesquisas confirmam a condição de favorita da candidata de Lula, que conta com 50% das intenções de voto, contra 40% de Serra .
FONTE : EFE .
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