Tudo começou por causa da barulheira de uns jovens na frente da porta da igreja no momento da missa .
No interior de São Paulo há uma cidade onde o barulho é proibido por lei, até um galo foi proibido de cantar. Tudo começou por causa da barulheira de uns jovens na frente da porta da igreja no momento da missa. Mas a briga contra os ruídos acabou se espalhando. Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo, está se tornando a cidade mais silenciosa do país. Nem o canto da madrugada. Nem o latido do melhor amigo escaparam do rigor da lei. “O galo foi levado de volta para o sítio e o cachorro foi levado do fundo para a frente da casa, onde ele late menos”, diz o diretor de segurança pública, Jaime Teodoro Furtado .
Quem visita Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo, deve tomar cuidado com o volume do rádio no carro. “O elemento vai ser abordado, orientado, para que ele cesse. Se ele insistir o veículo será guinchado, encaminhado para o pátio e o som será retirado e encaminhado ao Ministério Público e ele vai tomar as medidas cabíveis”, conta Jaime Teodoro. A fiscalização está nas ruas. Com base em lei federal 55 decibeis é o limite permitido na cidade. Mas o ronco do motor no refrigerador do varejão tem quase o dobro disso. A denuncia partiu do vizinho. "À noite incomoda muito, às vezes tenho até que ir dormir na minha mãe”, conta o estudante Luís Gustavo Nascimento .
Tudo começou com o som dos veículos na praça, que atrapalhava a missa e incomodava os vizinhos. Após tumulto e briga por causa do volume alto, o ministério público obrigou a prefeitura a ser mais rigorosa na fiscalização. Com tolerância zero, a lei do silêncio provocou o maior barulho na cidade. “Acho que precisa de um pouquinho de silencio mas não exagerado”, reclama uma moradora .
O bailão do fim de semana está suspenso. O clube onde a festança é realizada foi interditado por causa do som alto nas madrugadas. O barulho tradicional do bilhar foi o alvo da reclamação contra este bar. “Não tem mais opção de lazer na cidade. A gente tem que ir para fora se quiser sair", é o que diz uma jovem.
Até a igreja providenciou o isolamento acústico. Ao ser perguntado se a lei era muito rigorosa, o diretor de segurança pública (acho que o padre) nega: “Eu acredito que não”. O limite de 55 decibeis na cidade foi estabelecido por uma lei federal. Para quem gosta de silêncio, Patrocínio Paulista é o paraíso .
MATÉRIA SUGERIDA PELO NOSSO SEGUIDOR ANÍBAL JÚNIOR DE ITAJUBAQUARA,GENTIO DO OURO BA .
FONTE : G1 .
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