(Reportagem especial de Gervásio Lima) - Até agora nada foi feito, nem mesmo as reclamações feitas pela população e publicadas na imprensa local sobre a grande quantidade de telefones públicos (orelhões) quebrados na cidade de Jacobina, fizeram com que a Oi - empresa responsável pela manutenção dos telefones públicos - providenciasse os devidos reparos nos aparelhos. Nos últimos meses, os telefones públicos de Jacobina têm servido apenas como objeto de decoração, mas não para ligações. É irritante necessitar de um telefone público e não encontrar se quer um funcionando. É um verdadeiro “suplício” a procura por um aparelho que esteja em funcionamento. É preciso caminhar muito. Na cidade, estatisticamente, em cada dez aparelhos, apenas um funciona, o restante apresentam defeitos técnicos ou problemas causados por vandalismo. Dados indicam que cerca de 10% dos orelhões instalados no estado da Bahia são danificados mensalmente por vandalismos .
O telefone público, o popular orelhão, é uma importante ferramenta no processo de expansão da telefonia fixa e de acesso à informação. O Brasil já conta com mais de um milhão de aparelhos, distribuídos por mais de 5,5 mil municípios; os telefones públicos estão presentes inclusive em localidades onde ainda não há disponibilidade de linhas residenciais. Entre os direitos relativos a telefones públicos previstos na regulamentação da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, está o de que as solicitações de reparo de telefone público poderão ser feitas diretamente à concessionária de telefonia. A Anatel exige que 98% delas sejam atendidas em até 8 horas e, em qualquer hipótese, esse prazo nunca poderá ultrapassar 24 horas; no caso de aparelhos localizados em regiões remotas ou de fronteira, a exigência é de que as solicitações sejam atendias em até cinco dias em 92% dos casos, nunca podendo exceder dez dias.
Enquanto isso, os cartões telefônicos ficam “encalhados” nos pontos de venda. Donos de bancas e estabelecimentos comerciais que vendem cartões telefônicos vêm registrando, nos últimos meses, uma diminuição na procura pelo produto. Segundo comerciantes, a queda nas vendas se deu em função do alto número de orelhões quebrados não só no centro da cidade como na maioria dos bairros. Usuários alegam que essa pode ser uma estratégia para incentivar o uso da telefonia móvel. Vale ressaltar que mesmo com aparelhos de celulares comuns e de fácil acesso, a procura pelo orelhão ainda é muita .
GUARDA MUNICIPAL - A presença da Guarda Municipal em lugares estratégicos do município inibiria as ações, mas, inexplicavelmente isto não acontece, mesmo Jacobina tendo uma das mais organizadas corporações da Bahia. Na principal praça do centro comercial da cidade, a Rio Branco, por exemplo, não é vista com frequência a presença da guarda, e é justamente naquela região onde se encontra o maior número de orelhões fora de operação.
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE - Para a sociedade organizada, principalmente as instituições que representam a classe comercial e setores públicos municipais, sugerimos a criação da campanha “Adotem um Orelhão!”, como forma de conscientizar a população para a importância da preservação da telefonia pública e informar sobre as penas para quem for flagrado destruindo um patrimônio público. O dinheiro gasto pelas empresas de telefonia com a manutenção de telefones públicos danificados daria para instalar milhares de novos e tornar o aceso a comunicação bem mais rápida e prática.
ONDE SOLICITAR CONSERTO - Para solicitar o conserto de um Orelhão, basta ligar para o número 10331. A ligação pode ser feita de um celular. Anote o número de protocolo e se no prazo não for consertado ligue para a Anatel 133 - também pode ser de celular - informando o protocolo .
FONTE : XIQUESAMPA/ GERVÁSIO LIMA .
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