Morando a muitos anos longe de Xique-Xique, sua cidade natal, Pedro Bonfim homenageia nossa terra com a poesia "Xique-Xique do Passado". Essa é uma forma carinhosa como parte da rica história da nossa querida Xique-Xique escrita por Pedro Bonfim. Neto de Dona Pulú, nosso conterrâneo nasceu no dia 07 de Agosto de 1952 na casa que foi de dona Zulmira Marçal na Rua Quintino Bocaiuva. Logo sua mãe foi lecionar na Marreca Velha, em 1957 sua mãe passou em um concurso que tinha feito em Barra (BA). Aprovada foi trabalhar como escrivã do cartório civil e tabeliã de notas em Muquem do São Francisco. Estudou na Escola Cezar Zama e Ginásio Senhor do Bonfim nos anos de 1965 à 1968. Morou em Muquém do São Francisco, 30 anos em Salvador e há 21 anos reside na cidade de Ipiaú, baixo sul da Bahia. Sou advogado. Foram seus colegas na época: Aristóteles Marçal, Chiquinho Marçal, Edilson Rocha, Gilson, Almir, Rei, Alzira... da Carnaúba.
Xique-Xique do Passado:
Sou um homem otimista
Sou de luta o ano inteiro
Filho de mãe uibaiense
Com o meu pai marrequeiro
Sou uma pessoa simples
E me acho um cara chique
Tenho a maior honraria
Em ser filho de Xique Xique
Terra de povo culto
De gente que vale ouro
Terra da Carnaúba
E da ilha do Amarra Couro
Cidade de Manim Meira
Dos Barretos e dos Sampaios
De Zé Barbosa e de Nizan
São honens de quem sou fã
Dona Pulú era parteira
Dona Zulmira enfermeira
Madrinhas do povo pobre
Podemos citar alguem, cuja missão foi mais nobre?
Xique Xique do passado
De Adão Bastos e de Sindú
De Gringo de Eufrosina
De Alberto Sampaio e de Lulú
De Florzinho do Bazar
Que só tinha novidade
Pra criança jovem e adulto
Vendia pra toda a cidade
Da escola de matemática
Onde brilhou o mestre Chico
No ensino da matemática
Tinha pobre e tinha rico
Tinha o músico Almir Zoada
Que não nos deixava na mão
Saia tarde da noite
Tocando saudade de Matão
Tinha Dr. Hélcio Bessa
E a Dra. Joselita
Que medicavam e ensinavam
A todos que estavam na lista
Uma forma lazer
Era andar pelo jardim
E depois assistir filmes
No grande Cine Bonfim
Outra coisa muito boa
Pra pais, filho e filha
Simplesmente era tomar banho
No rio e na Ponta da Ilha
O povo era muito simples
Não havia vaidade
Às 22 horas em ponto
Apagava a luz da cidade
Vinha o povo da Catinga
Muitos comerciantes
Comprar e vender produtos
E visitar seus estudantes
As festas muito animadas
Coisa como nunca vi
Ao som da bela guitarra
De Everaldo do seu Gui
Tinha as linhas aéreas
Que serviam à região
Cujo gerente era Silvio
Que atendia o avião
Vou encerrar esta fala
Que alguém me chame
De um tremendo saudosista
Ou de poeta sem nome.
Pedro Bonfim,
FONTE: XIQUESAMPA.
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