Clodoaldo Avelino (Dozinho), nasceu
em 23 de janeiro de 1889, na cidade de Xique-Xique(BA). Em 1919, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia por ela
sendo diplomado em 1924 .
Logo após a formatura, dedicou-se a clínica geral. Algum tempo depois, especializando-se em obstetrícia e oftalmologia. Retornou à Faculdade de Medicina da Bahia, a fim de realizar seu doutorado. Além de médico, foi escritor, poeta e conferencista. Viveu
boa parte de sua vida na cidade de Belo Horizonte, onde “deixou marcas
indelévis de sua trajetória de espírito sábio e benevolente, humilde e
fraterno, inteiramente dedicado à causa do bem e do amor ao próximo”. Iniciou
sua vida profissional em Januária, norte de Minas Gerais. Eleito
vereador daquele município, exerceu a presidência daquela casa
legislativa, dando exemplo de dedicação e honestidade. Percorreu
o sertão da Bahia e de Minas Gerais, atendendo seus pacientes com
notável solicitude, pelo que mereceu elogios de todos quantos o
conheceram. Foi, de igual modo, médico do Exército, tendo alcaçado o posto de capitão .
Espírita militante, deu prova de ecumenismo, presidindo o Hospital André
Luiz e integrando, com igual desprendimento, a Diretoria do Abrigo
Jesus e o corpo de saúde da Ação Social Padre Eustáquio. Em seu consultório particular, exerceu o sacerdócio da medicina, atendendo o povo humilde e necessitado. Embora radicado em Belo Horizonte, nunca esqueceu sua terra natal, ajudando, com recursos do seu próprio bolso, o Abrigo Ana Avelino, o Hospital Espírita Agrário Avelino, a sede do Núcleo Espírita Agostiniano e o prédio da Escola José Petitinga. Dizem
as crônicas que Clodoaldo Magalhães de Avelino “agasalhou na umbela
virtuosa do seu descortino e da sua pedagogia incomparável, dezenas e
dezenas de criaturas, que a sorte sabiamente lhe entregara. Uns,
escorraçados da vida, sem lar e sem afeto. Outros, parentes
consanguíneos oriundos de plagas remotas. Outros ainda sem qualquer laço
terreno, mas fecundados no santo cadinho dos compromissos
reencarnatórios, assumidos nas eras perdidas da Eternidade” .
E
mais: “Em que pesassem o seu extremado desvelo e a sua dedicação
paternal, não esteve liberto dos ventos gelados das ingratidões humanas,
todas pagas com o seu indulgente esquecimento, porque sempre esteve
muito acima das mazelas planetárias e da mesquinhez das criatura”. Faleceu em Belo Horizonte, no dia 13 de setembro de 1985,com 86 anos de idade. A Câmara de Vereadores e Xique-Xique e a Assembléia Legislativa de Minas Gerais tributaram-lhe justas homenagens. Por ocasião do seu centenário, em 23
de janeiro de 1999, foi inaugurado, por iniciativa de amigos e
familiares, seu busto na praça Allan Kardec, em sua cidade natal .
FONTE: MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA BLOGSPOT.COM .