16/07/2009

Onde Anda: Seleção Brasileira, campeã do mundial em 1994.


Campinas, SP, 15 (AFI) - A Seleção Brasileira que conquistou a Copa de 94 nunca foi reconhecida como deveria. Afinal, ela quebrou um jejum de 24 anos sem títulos em Copas do Mundo. Hoje, 15 anos depois da conquista, o Portal Futebol Interior faz uma pequena homenagem e lembra todos os nomes daquela campanha.

Na decisão, brasileiros e italianos ficaram no empate sem gols após o tempo normal e a prorrogação. Na disputa por pênaltis, Romário, Branco e Dunga fizeram os gols que garantiram o Mundial. Taffarel defendeu o pênalti cobrado por Massaro e Roberto Baggio chutou por cima do travessão.

Confira onde estão os campeões mundiais de 94:

1. Taffarel (goleiro) - Responsável direto pelo título na decisão por pênaltis contra a Itália, o goleiro se consagrou como típico "jogador de Seleção Brasileira". Com passagens por Internacional, Atlético-MG e Galatasaray, o ex-camisa 1 tem 43 anos e agora é empresário de futebol. Um de seus clientes famosos é o atacante Fernandão, ex-Internacional e atualmente no Al-Gharafa, do Catar.

2. Jorginho (lateral-direito) - Titular absoluto do time, não marcou gols, mas contribuiu com cruzamentos precisos e liderança fora do campo. Passou por Flamengo, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, São Paulo e Vasco. Encerrou a carreira em 2001 e investiu na profissão de técnico. Dirigiu o América-RJ, mas atualmente, aos 44 anos, é o auxiliar de Dunga na Seleção Brasileira.

3. Ricardo Rocha (zagueiro) - Era para ser titular na campanha, mas se machucou após a estreia contra a Rússia e passou a ser importante somente nos bastidores. Brincalhão, marcou época no time nacional. Vestiu as camisas de Guarani, São Paulo, Santos, Vasco, Real Madrid, Fluminense e Flamengo. Aos 46 anos, é empresário e dono da empresa RT Prosports.

4. Ronaldão (zagueiro) - O zagueirão foi chamado às pressas graças à contusão de Ricardo Gomes, hoje técnico do São Paulo. Ronaldão não disputou nenhum jogo no Mundial, mas também é lembrado pela liderança fora do campo. Defendeu São Paulo, Santos, Flamengo e Ponte Preta. Hoje, aos 44 anos, está parado e aguarda convites para ser dirigente de futebol. Atua também como empresário.

5. Mauro Silva (volante) - Era um dos motorzinhos do time e quase marcou gol na final contra a Itália. Deu azar em um chute que parou na trave direita de Pagliuca. Em sua carreira, defendeu Guarani e Bragantino no Brasil, além de ficar 12 anos no La Coruña-ESP. Defendeu a Seleção por 10 anos. Hoje, aos 41 anos, o volante trabalha no ramo imobiliário e atua como ícone do La Coruña aqui no Brasil.

6. Branco (lateral-esquerdo) - Ex-jogador de Internacional, Fluminense, Porto-POR, Grêmio e Corinthians, Branco ficou marcado pelo gol de falta contra a Holanda, nas quartas-de-final da Copa. A partir daquele jogo, ganhou a posição. Foi ao Mundial machucado. Hoje, aos 45 anos, é dirigente de futebol e recentemente foi demitido pelo Fluminense, clube em que se consagrou como jogador.

7. Bebeto (atacante) - Melhor parceiro de Romário em toda a carreira, Bebeto marcou três vezes no Mundial e formou uma dupla infernal com o Baixinho. Sua vitoriosa carreira guarda passagens por Flamengo, Vasco, La Coruña, Sevilla, Cruzeiro, Vitória e Botafogo. Sua jogada marcante foi o voleio. Tem 45 anos e atua como empresário de jogadores.

8. Dunga (volante) - Após ser escurraçado da Seleção após o Mundial de 90, deu a volta por cima como capitão da equipe em 94. Não marcou gols, mas cobrou um dos pênaltis que garantiu o tetracampeonato, na final contra a Itália. Foi capitão na Copa de 98, quando o Brasil foi vice-campeão. No Brasil, defendeu Inter, Corinthians, Santos e Vasco, além de passagens pela Fiorentina-ITA e Stuttgart-ALE. Tem 45 anos e, atualmente, é técnico da Seleção Brasileira. Como treinador, venceu a Copa América (2007) e a Copa das Confederações (2009).

9. Zinho (meia) - É um dos mais jovens daquela geração (42 anos), mas também já parou. Fez sucesso com as camisas de Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro, mas encerrou a carreira no Miami, em 2006. Na Seleção, ganhou o apelido de "Enceradeira", pela cadência que impunha ao ritmo de jogo da equipe. Hoje, investe na carreira de técnico de futebol e dirigiu, inclusive, o Miami, entre 2006 e 2008. É também dono do Nova Iguaçu, do Rio de Janeiro.

10. Raí (meia) - Craque no São Paulo, não foi bem no Mundial de 94. Era capitão do time, mas foi sacado por Parreira no empate contra a Suécia, e não voltou mais. Fez um gol, de pênalti, na estreia contra a Rússia. Defendeu também Botafogo-SP, Ponte Preta e Paris Saint Germain-FRA, mas não teve vida longa na Seleção. Após encerrar a carreira, exerceu cargo de dirigente do São Paulo, mas passou a cuidar de sua fundação, a Gol de Letra, em parceria com Leonardo. Tem 44 anos e também se auto-proclamou embaixador do São Paulo na Europa.

11. Romário (atacante) - O grande craque da geração. Fez cinco gols no Mundial e arrebentou em todas as partidas. Na final, bateu um dos pênaltis mesmo sem ter treinado duranta a semana. Foi eleito o melhor jogador do mundo, em 94, sobretudo pela conquista. Em sua carreira de 20 anos, vestiu as camisas de Vasco, Flamengo, Fluminense, Barcelona, PSV e Valencia, principalmente. Fez 1002 gols na carreira, segundo suas contas. Se aposentou e hoje, aos 43 anos, se vê envolvido em um problema de falta de pagamento de pensão a sua ex-mulher, Mônica Santoro.

12. Zetti (goleiro) - Fez sucesso com a camisa do São Paulo, onde foi bicampeão da Libertadores e do Mundial Interclubes, além de vestir as camisas de Santos, Fluminense, Palmeiras e Sport. Em 94, foi reserva imediato de Taffarel, o que já significa que nem entrou em campo. Fez uma carreira de sucesso e hoje, aos 44 anos, investe na carreira de técnico. Recentemente, foi demitido pelo Paraná Clube, durante a Série B.

13. Aldair (zagueiro) - Foi titular durante toda a campanha, apesar de não ter participado ativamente das Eliminatórias. Estava no auge de sua forma. Defendeu Flamengo, Benfica-POR, Roma-ITA e Genoa-ITA, além de um time no San Marino. Encerrou a carreira em 2004 e hoje, aos 43 anos, faz apresentações de showbol por todo o Brasil.

14. Cafu (lateral-direito) - Foi reserva de Jorginho, mas é o jogador que mais vezes vestiu a camisa da Seleção Brasileira, com mais de 150 participações. Fez sucesso com as camisas de São Paulo, Palmeiras, Roma-ITA e Milan-ITA. Foi capitão no penta, em 2002, e também no vice-campeonato mundial, em 98. Tem 39 anos e estuda propostas para voltar a atuar no futebol brasileiro. Recentemente, iniciou negociações com o Barueri.

15. Márcio Santos (zagueiro) - Nem era para ser convocado, mas entrou na vaga de Mozer e não largou a oportunidade. Com a lesão de Ricardo Rocha, virou titular e um dos símbolos do tetracampeonato. Marcou um gol contra Camarões e perdeu um pênalti contra a Itália. Jogou por Internacional, Botafogo, Fiorentina-ITA, Atlético-MG, São Paulo e Santos. Encerrou a carreira em 2006, na Portuguesa Santista. Recentemente, sofreu um AVC em Camboriú, mas já se recuperou. Tem 39 anos.

16. Leonardo (lateral-esquerdo) - Era titular da equipe, mas foi expulso contra os Estados Unidos, após cotovelada na cara de Tab Ramos. Foi suspenso e não jogou mais no Mundial. Fez carreira de sucesso, defendendo as cores de Flamengo, São Paulo, Valencia-ESP, Paris Saint-Germain-FRA, Kashima Antlers-JAP e Milan-ITA. Leonardo tem 39 anos e, após anos como diretor de futebol do Milan, assumiu o comando do time italiano, no lugar de Carlo Ancelotti.

17. Mazinho (volante) - Defendeu as cores de Santa Cruz, Vasco, Fiorentina-ITA, Palmeiras, Valencia e Celta de Vigo-ESP, mas encerrou a carreira no Vitória. Era reserva da Seleção, mas entrou no lugar de Raí e não saiu mais da equipe. Depois do Mundial, nunca mais teve chance na Seleção. Tem 43 anos e é treinador do Aris Salônica, da Grécia.

18. Paulo Sérgio (meia) - Aos 40 anos, foi um dos jogadores mais contestados da convocação. Paulo Sérgio vivia boa fase no Corinthians, mas não era unanimidade. Tanto que aquela foi sua última chance na Seleção Brasileira. Depois de passar por Novorizontino, Bayer Leverkusen-ALE, Roma-ITA, Bayern de Munique, encerrou a carreira no Bahia. Hoje, é treinador de futebol e dirigiu o Red Bull, time da quarta divisão do Campeonato Paulista. É também presidente da Associação Atletas de Cristo.

19. Muller (atacante) - Tem 43 anos e atua como diretor do Santo André. Após encerrar a carreira, tentou ser técnico e também comentarista da Sportv. No Mundial de 94, reclamou da reserva, mas sequer entrou em campo. Foi mal na Seleção, mas fez sucesso por São Paulo, Palmeiras, Santos e Cruzeiro. Defendeu também Torino-ITA, Kashiwa Reysol-JAP, Perugia-ITA, São Caetano, Corinthians e Portuguesa. Encerrou a carreira no Tupi.

20. Viola (atacante) - Tem 40 anos e também se mantém em atividade. Disputou o último Campeonato Carioca pelo Resende e aguarda propostas jogando showbol por Santos e Corinthians. Foi reserva na Copa de 94 inteira, mas disputou a prorrogação contra a Itália. Quase marcou o gol do título. Em sua longa carreira, defendeu Corinthians, São José, Olímpia, Valencia-ESP, Palmeiras, Santos, Vasco, Guarani e Bahia.

21. Ronaldo (atacante) - É o único que continua em atividade. Calouro naquela Seleção, sequer entrou em campo. Depois, virou o maior craque da equipe canarinho, participando das Copas de 98 (vice-campeão), 2002 (campeão e artilheiro) e 2006 (quando se tornou o maior artilheiro em Copas, com 15 gols). Fez carreira brilhante na Europa, com as camisas de PSV-HOL, Barcelona-ESP, Inter de Milão-ITA e Real Madrid-ESP (jogou também no Milan-ITA). Hoje, aos 32 anos, é o artilheiro do Corinthians, campeão paulista e da Copa do Brasil.

22. Gilmar (goleiro) - Foi ao Mundial de 94 mais como homenagem, já que já estava em final de carreira, aos 35 anos. Vestiu as camisas de Internacional, São Paulo e Flamengo no Brasil, além de jogar pelo Cerezo Osaka-JAP. Foi importante pela liderança junto aos mais jovens. Quando encerrou a carreira, atuou como diretor no Flamengo, mas decidiu virar empresário. Hoje, aos 50 anos, comanda a carreira de Adriano, o Imperador.

Carlos Alberto Parreira (técnico) - Criticado por muitos na época, venceu a Copa com seu jeito pragmático e saiu valorizado com a conquista. Após o torneio, dirigiu Valencia, São Paulo, Santos, Internacional, Fluminense e fez muito sucesso no Corinthians. Voltou à Seleção em 2003 e comandou o fiasco na Copa de 2006, após os títulos da Copa América (2004) e da Copa das Confederações (2005). Recentemente, dirigiu o Fluminense, de onde foi demitido após vários insucessos na temporada.

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