Lula discursou em São Bernardo ao lado dos pré-candidatos do PT. (Foto: Tiago Queiroz/Agência Estado) .
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu hoje que muitos vão acusar de "política" a sua primeira participação, como líder de governo, em comemoração do Dia do Trabalho organizada por centrais sindicais. Acompanhado da pré-candidata do PT às eleições presidenciais de outubro, Dilma Rousseff, Lula disse estar duplamente alegre por participar das comemorações sindicais do Dia do Trabalho. "Alguns vão dizer que é político, porque não vim nos outros anos do meu governo. Mas os outros que vieram, não foram considerados políticos", disse. O fato, destacou o presidente, é que depois de sete anos de governo são poucos os líderes que têm coragem de enfrentar o trabalhador cara a cara. "Geralmente, um presidente começa com alta popularidade e acaba saindo pela porta dos fundos", afirmou.
Em seu discurso de 15 minutos, Lula destacou os feitos de seu governo e defendeu a continuidade das ações adotadas durante sua gestão. "O povo sabe quem eu quero que seja o próximo presidente". Diante de um público formado por trabalhadores, Lula destacou que em seus dois mandatos houve forte reajuste do salário mínimo, criação de empregos e ganho real para todos os trabalhadores. Ao falar sobre a recente crise econômica, Lula destacou que foram os banqueiros, aqueles mesmo que falavam das crises nos países mais pobres, que desencadearam os problemas. "Eles não olhavam para seus próprios bancos". O presidente destacou que quem ajudou o Brasil a sair da crise não foram esses banqueiros, mas os pobres brasileiros, que continuaram a consumir para sustentar o crescimento econômico. O presidente também comentou o fato de ter figurado no topo da lista do homens mais influentes do mundo elaborada pela revista norte-americana "Time". "Fico feliz por a Time ter dito isso. A elite brasileira dizia que eu não sabia governar e que eu não falava inglês. Eu não tenho inglês, mas tenho coração e consciência pelo povo brasileiro." O Brasil, continuou o presidente, é respeitado por ser economicamente sério, ter estabilidade econômica. "Antes era só carnaval, morte de crianças e futebol", disse. Nesta manhã, acompanhado de Dilma, Lula participou da festa comemorativa do 1º de maio organizada pela Força Sindical e pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), em São Paulo. Ambos são esperados em outros três eventos sindicais neste sábado, Dia do Trabalho .
LULA CHORA AO FALAR DA VIDA PÓS-PREDIDÊNCIA :
Diante de um público de pelo menos 10 mil pessoas, na capital paulista, Lula emocionou-se ao imaginar a vida depois de sair do Palácio do Planalto. "Quando eu deixar a Presidência, vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou para a política e das empresas em que fiz as greves mais maravilhosas do País", disse, com a voz embargada. O presidente não conteve o choro ao dizer: "O que mais vai me dar orgulho é que eu vou poder dizer, ao encontrar qualquer trabalhador, 'bom dia, companheiro'. Porque eu fui leal ao que nós dissemos que íamos fazer ." Lula pediu aos dirigentes sindicais que o convidem para os festejos de 1º de Maio do ano que vem. "Se for alguém ruim, a gente vem aqui e mete o pau. Se for alguém bom, a gente vem aqui ajudar e aplaudir."
FONTE : YAHOO.COM.BR
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