Evento faz parte da Rede Coletora de Sementes, criada durante a Campanha LEM APP 100% Legal, em Luis Eduardo Magalhães, que vai ajudar na recuperação de áreas degradadas .
Cerca de 40 pessoas de comunidades rurais de Luis Eduardo Magalhães se reuniram no dia 28 de março no Parque Fioravanti para aprender sobre técnicas de beneficiamento e armazenamento de sementes nativas do Cerrado. O treinamento foi dado para os integrantes da Rede Coletora de Sementes, fomentada pela Campanha LEM APP 100% Legal. A iniciativa, que tem a realização do Instituto Lina Galvani e da Prefeitura de Luis Eduardo Magalhães, faz parte do Programa Produzir e Conservar, que a Conservação Internacional em parceria com a Monsanto desenvolve desde 2008. O programa atua na conservação dos corredores de biodiversidade Jalapão-Oeste da Bahia, no Cerrado, e do Nordeste, na Mata Atlântica, além de promover a implementação por parte da Monsanto de uma política interna de sustentabilidade.
O treinamento para os integrantes da Rede Coletora definiu regras para a entrada e saída de coletores e para os preços de sementes a serem pagos, que vão variar principalmente pelo tipo, disponibilidade no meio ambiente e pela demanda para o plantio das sementes. O grupo recebeu, durante o encontro, um material informativo para identificar, beneficiar e armazenar sementes de 56 espécies do Cerrado, principalmente as mais resistentes e fáceis de serem encontradas na natureza. As sementes serão destinadas à restauração de Áreas de Preservação Permanente com plantio mecanizado, utilizando-se a técnica de muvuca, que consiste na mistura de sementes nativas e sementes agrícolas, plantadas por maquinário agrícola. A técnica reduz os custos da restauração, se comparados ao plantio manual de mudas, e demanda cerca de 300 mil sementes por hectare. Poderão ter suas áreas restauradas os proprietários rurais que aderirem e se cadastrarem na Campanha LEM APP 100% Legal. Segundo o coordenador de socioeconomia da Conservação Internacional (CI-Brasil), Fernando Ribeiro, o treinamento também foi um momento de integração entre as comunidades para consolidar a Rede Coletora. “É preciso manter esse grupo mobilizado e interessado na continuidade da coleta”, complementa .
Exemplo - É o caso do pequeno agricultor Firmino Silva Rocha, morador da Vila II do Assentamento Rio de Ondas, que apóia a Rede Coletora de Sementes, principalmente por saber que essas sementes estão sendo utilizadas para proteger o Cerrado. “Embora seja uma forma de aumentar renda, é importante participar de um projeto que vai ajudar o nosso meio ambiente”, afirma .
Por Hebert Regis, Jornalista (Araticum) em Barreiras, Colaborador do Blog XiqueSampa .
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FONTE: XIQUESAMPA .